Economia energética: o biodigestor e o agronegócio



O agronegócio era conhecido há pouco tempo simplesmente como agricultura, pois eram produzidos apenas produtos primários nas propriedades. Atualmente o conceito é amplo, envolvendo as diversas etapas da agricultura, desde a soma de todas as operações da produção, a distribuição de suprimentos agrícolas, as atividades de produção na propriedade, o armazenamento, o processamento e a distribuição de produtos agrícolas ou deles derivados. Assim o agronegócio está relacionado desde a produção até a comercialização dos produtos, sendo indispensável para as propriedades que visam uma boa gestão e maximização de resultados.
O campo sofreu grandes transformações tecnológicas em termos de melhoramentos genéticos e mecanização, visando a produção de alimentos mais saudáveis e de qualidade, pois o mercado está cada vez mais competitivo e exigente quanto a origem e elaboração dos produtos.
O crescimento da atividade comercial trouxe como consequência a expansão da base geográfica de atuação das capitais comerciais.
Para acompanhar esse crescimento, deve-se pensar em soluções que sejam sustentáveis e economicamente viáveis para o desenvolvimento de forma a não prejudicar o ecossistema.
Paralelo a isso, surge a ideia da implantação de biodigestores a atividades do agronegócio, que vêm se mostrando como uma solução para eficiência energética e sinônimo de sustentabilidade e economia.
Mas afinal, o que são biodigestores?


Os biodigestores são compartimentos fechados nos quais ocorre decomposição de matéria orgânica, produzindo biogás e biofertilizante. Os materiais orgânicos utilizados no biodigestor podem ser restos de produção vegetal, de produção animal, de atividades humanas e resíduos industriais.
O biogás produzido pode ser utilizado para geração de energia térmica e elétrica e o biofertilizante é gerado após a produção do biogás  a biomassa digerida deixa o interior do biodigestor sob a forma líquida, rica em húmus e nutrientes. Esse biofertilizante é um excelente adubo natural que melhora a qualidade e produtividade do solo.
Por se mostrarem eficientes no aspecto de economia energética, a opção por utilizar desse recurso no ramo do agronegócio se mostra extremamente promissora. Além de reduzirem os impactos ambientais gerados pela atividade agropecuária (como a emissão de metano) geram energia limpa para os locais onde estão instalados, reduzindo assim, os custos do produtor.

Implantar esse sistema no meu negócio me traria retorno financeiro?
Ao se comprar uma ideia, todas as variáveis devem ser analisadas, principalmente aquela que se refere ao retorno financeiro do investimento. Segundo estudos, a implantação do biodigestores, além de ser uma alternativa sustentável é também rentável.taxa interna de retorno, constatando-se resultado positivo, retornando o investimento em 5 anos e 9 meses (payback simples) e 7 anos e 6 meses (payback descontado) e a taxa interna de retorno encontrada foi de 13,07% ao ano, evidenciando ganhos ao investidor.
As fazendas que adotam esse sistema normalmente são autossuficientes e ainda vendem o excesso de energia às concessionárias, sendo assim além de reduzirem os custos, o agricultor pode aumentar sua renda com essa venda.




De fato, é importante ter a consciência que todo crescimento e desenvolvimento vêm junto com um custo alto a pagar. Por isso, a ciência e tecnologia trás soluções viáveis e rentáveis para que o meio ambiente não sinta tão bruscamente os efeitos o desenvolvimento humano. Basta então, trazer os conhecimentos a sociedade para que as tecnologias sejam compradas e implantadas.

Ficou com alguma dúvida? Deixe nos comentários e saiba mais como a PQ Júnior pode te ajudar no dimensionamento de biodigestores e outros processos industriais, além de serviços de gestão ambiental.

Referências:
https://portalresiduossolidos.com/como-funcionam-os-biodigestores/
https://www.cpt.com.br/cursos-energiaalternativa/artigos/biodigestor-produz-energia-e-fertilizantes-a-partir-de-dejetos

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